21 janeiro, 2010

Quando só o rabinho balança...

Por volta das 12h de ontem, a veterinária da Neve avisou ao Gustavo que a cirurgia havia terminado e que tudo tinha corrido bem. O procedimento durou 45 minutos e, pouco depois de encerrado, Neve já estava acordando. A primeira parte da grande aventura havia acabado.

No final do dia, fomos visitá-la na Pet. Ela estava deitadinha na "recuperação", em uma gaiolinha onde estavam a caminha dela, água e comida. Quando nos viu, ela só balançou o rabinho e continuou deitadinha, nos olhando. Não vou negar que o coração apertou; ainda bem que o rabinho balançou para nós...

Essa foi a segunda parte desse momento na vida na Neve: a recuperação. Ela ainda estava abatida por causa da anestesia e de todo o procedimento, tinha um curativo na barriga para esconder os pontos e uma agulha na patinha, por onde são ministrados os remédios. E além disso, estava meio tristinha por ter que ficar presa, já que ela está tão acostumada a correr solta pela Pet. Até a hora que fomos embora, ela ainda não tinha comido nada, mas bebeu água com a nossa ajuda, procurou uma posição melhor na caminha e dormiu. A veterinária garantiu que ela não estava sentindo dor (cães também tomam analgésicos!). Se hoje ela estiver mais animadinha, a Liziane irá liberá-la da recuperação e ela vai poder ficar solta, em observação. Hoje também vamos saber como ela vai reagir com o curativo na barriga: se ela tentar mexer nele, terá de colocar o "abajur" no pescoço, para não abrir os pontos.

Mais para o meio da manhã eu vou ligar para saber como ela passou a noite. E claro, faremos nova visita no fim do dia. Não vejo a hora de levar nossa cãzinha para casa!

20 janeiro, 2010

Uma cãzinha na mesa de cirurgia

Hoje, às 11h, acontece a cirurgia de castração da Neve. Deixamos a braquela cedinho na clínica da Pet Shop, em jejum e de banho tomado, pronta para o procedimento. Ontem ela fez um hemograma, para verificar se não havia nada que impedisse a cirurgia, e está tudo ok. Então, será mesmo daqui a pouco que a Neve irá protagonizar mais um importante acontecimento em seus cincos meses de vida.

Gostamos muito da veterinária que atende nossa cãzinha e ela nos deixou bem tranquilos quanto ao procedimento. Sabemos quem fará a anestesia (que é por inalação, o que faz com que os cachorrinhos acordem sem grandes demoras e com poucas reações) e já nos informamos sobre os passos seguintes à cirurgia. É algo super simples mesmo, não requer nada além dos cuidados padrão: o famoso "abajur" no pescoço, para que ela não lamba os pontos, antibióticos e anti-inflamatórios habituais e nada de banho por dez dias. A alimentação é normal. Poderíamos levá-la para casa hoje mesmo, mas como não queremos deixá-la operada e sozinha por duas tardes seguidas, vamos buscá-la no final da sexta-feira, quando poderemos ficar com ela no final de semana. Tudo planejado e calculado!

Claro, vamos visitá-la hoje no final do dia, provavelmente na quinta também. E a veterinária vai nos ligar assim que terminar o procedimento, para nos dizer como foi. Cães não precisam de familiares ao lado nesses momentos (pelo menos não quando é tudo programado e preparado), mas não vamos deixar a branquela lá, sozinha, como se não tivesse donos.

Vamos sentir saudades daquele barulhinho de patinhas no piso todas as noites e manhãs, mas dois dias passam rápido. E amanhã trago os updates da cirurgia.

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Por que os veterinários recomendam a castração?
Todos os veterinários com quem falamos ficaram bem aliviados quando dissemos que queríamos castrar a Neve. Dava para sentir que eles estavam prontos para nos convencer a fazer! Natasha Duarte, a "tia do SOE", da Luther Centro de Lazer e Comportamento Canino, também é totalmente a favor. Na internet, há diversos sites bem legais explicando os benefícios da castração, e um que eu li, gostei e recomendo é o Webanimal (http://www.webanimal.com.br/), que traz um artigo bem interessante da veterinária Silvia Parisi. Ela desvenda mitos e verdades e traz orientações importantes a respeito. 

Nós optamos pela castração da Neve porque não pretendemos que ela dê cria. Não temos intenção de deixá-la acasalar - até porque não temos como atender, em um apartamento, uma cadela grávida - e, assim, não há porque deixá-la passar por todos os incômodos e riscos de animais no cio. Em cadelas não castradas, são maiores as chances de câncer de mama, doenças uterinas, gravidez psicológica e até mesmo uma gravidez indesejada. Além disso, o cio é sofrido para ela e complicado para os donos, especialmente para os que passam tempo fora de casa, porque as cadelas também menstruam. A castração controla a natalidade e evita o aumento no número de cachorros de rua, mas acima de tudo, garante uma vida adulta muito mais saudável para os animaizinhos. É isso que queremos para a Neve!

15 janeiro, 2010

(Mais uma!) Nova experiência na vida da Neve

Amanhã vamos a Cachoeira do Sul para uma formatura e nossa cãzinha vai passar a noite de sábado para domingo no hotelzinho da Pet. Estou super tranquila em deixá-la lá, porque sei que a Neve adora o lugar, as meninas, a veterinária e os amigos que vai encontrar, mas não posso negar que vou sentir saudades. Já no domingo, quando chegarmos, vamos buscá-la, até porque a outra semana será bem delicada para ela: está marcada para o dia 20 a cirurgia de castração da branquela. É para o bem dela, mas estou com peninha de saber que ela vai "passar pela faca"...

Malinha para o findi já está pronta: caminha, ração, ossinhos de mordiscar e, claro, o inseparável frango, que ela não pode ficar um final de semana inteiro sem ele...

12 janeiro, 2010

"Update" dental

Na última semana, mais dois caninos se foram. Agora, são três baixas de caninos na boca da branquela, que anda se virando com apenas um. Ela já perdeu vários dentes; logo que voltou do sítio, teve dificuldades para comer e foi muito difícil fazê-la se alimentar. Agora, a dificuldade maior é segurar com a boca brinquedos de borracha grandes. Talvez seja por isso que, nos últimos dias, Neve tenha redescoberto seu microfone de borracha, que cabe certinho na boca dela.

Cães: vivendo e aprendendo...

08 janeiro, 2010

Dormindo na cama da filha...

A cãzona abaixo é a Bainha, mãe da Neve. Na visita da branquela ao sítio, Bainha aproveitou para tirar uma soneca na cama da filhota. E nós, claro, registramos o momento.



06 janeiro, 2010

O "dia depois de amanhã" chega em "2012"

Procuro não ser alarmista com esse tipo de coisa, mas depois das notícias dessa semana a luz vermelha acendeu. Estou preocupada, de verdade. E acho que a preocupação chegou tarde demais.

Chuvas torrenciais que enchem rios em minutos, derrubam pontes, provocam deslizamentos e causam as maiores enchentes das últimas décadas; vendavais como há muito não se via nos campos de cima da serra (RS); nevascas que param trens, fecham escolas e prendem as pessoas em casa (Europa); tempestades de neve que chegam com intensidade inédita na Ásia; terremotos que provocam tsunamis, que provocam destruições e mortes. Fenômenos que lembram de maneira assustadora o filme O Dia Depois de Amanhã, em que o clima no planeta dá uma reviravolta ultra rápida e quase sepulta a Terra em gelo e água. Pois é! Parece que está acontecendo.

Pode ser exagero meu, mas há quanto tempo mesmo começamos a ouvir falar sobre tsunamis? No final de 2004, uma onda gigante atingiu a Tailândia; de lá para cá, posso citar mais três, no mínimo - todos ocorridos em 2009.

Enchentes, então, nem se fala. Sempre se ouviu falar delas, mas não com a intensidade de agora. Ontem, no JN, matérias mostraram lugares onde a água baixava e subia de novo, baixava e subia... Em 2009, duas enchentes grandes, de chuvas fotíssimas e ininterruptas, aconteceram só no Rio Grande do Sul. O ano começou com pontes desabando, estado de emergência decretado em cidades do interior, milhares de desabrigados e centenas de mortos e desaparecidos. Isso sem falar no calor! O sol queima mesmo na sombra e filtro solar fator 30 já não protege os branquelos como eu.

E enquanto aqui pessoas morrem pelo calor, na Europa e na Ásia já há registros de mortes devido à pior onda de frio enfrentado por esses continentes nas últimas décadas.

Coincidência? Torço muito para que seja, mas não sei não... Nostradamus AFIRMOU que o mundo acabaria em 2012. Fico aqui me perguntando quanto vai custar o embarque na "arca" da salvação... Sera que aceitam cães?

Obviamente não estou achando que o mundo vai acabar, mas tenho convicção que a natureza está se rebelando contra nós (com toda a razão). Só vai piorar, e parar de assistir à televisão, ouvir rádio ou ler notícias na internet não salvará a nossa pele. 

Quando vai acontecer de novo?

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Coisas de cã

Na segunda-feira, Neve fez a segunda anti-rábica e a vacina da gripe. Anda espirrando um pouquinho, mas me parece bem. O que tem  nos preocupado é que ela, simplesmente, não quer mais comer a ração. Já molhamos e esmagamos para deixar mais molinha a comida, pensando que poderia ser por causa dos dentinhos, mas nada mudou. Ela até come se a ração estiver na mão, devora bifinhos e pedacinhos de pão, mas anda recusando a raçãozinha carésima que compramos para ela. Não conseguimos saber qual o problema e estamos preocupados. Embora a veterinária tenha dito que não querer comer não é um problema e insista em dizer que a cãzinha está ótima, que nessa época os cães comem menos e querem menos correria, nós, donos de primeira viagem, levamos essa preocupação para o travesseiro.

04 janeiro, 2010

Tudo novo no reino da "Dinamarcã"!

Neve nunca mais será a mesma depois deste feriado. E nem nós! A cãzinha nos surpreendeu e cativou ainda mais. E tudo começou na noite em que dividiu o quarto com a Eloisa, mãe do Gustavo...

Como íamos viajar na quinta cedinho, Eloisa dormiu lá em casa na quarta-feira. O quarto de hóspedes é o nosso escritório, onde está montado o cercadinho da Neve (refúgio da cã quando não estamos em casa). Como tivemos de fazer um upgrade no cercadinho, uma vez que a branquela cresceu e aprendeu a pular a cerca (literalmente!), ficou complicado de tirá-lo do quarto. A solução foi deixar a Neve lá mesmo, dormindo com a Elô (sim, cada uma na sua respectiva cama, óbvio!). Ela está acostumada a acordar à noite, fazer xixi e cocô, brincar com o frango, roer um ossinho, fazer uma manha... Mas, nessa noite em especial, foi uma lady! Ficou quietinha e aguardou para fazer as necessidades pela manhã, quando saiu do cercadinho. Uma fofa!

A ida para o sítio foi um pouco mais agitada. Como Neve não gosta de andar de carro, fui no banco de trás com ela, já que não sabíamos como seria a reação dela. Demos o Dramin, mas como a veterinária previu, não chegou a dar sono na cã. Ela chorou no início da viagem, dormiu e acordou várias vezes ao longo do caminho, comeu um ossinho de fibra (já que não tinha comido nada antes de sair) e, quando estávamos pertinho do sítio, não aguentou o sacolejo e vomitou (sim, porque o trecho final da rodovia, até Camobi, é uma terra de ninguém. Como não é concedido, os motoristas enfrentam quilômetros de buracos!). Esse foi o único incidente. Na volta, achei que 15 gotinhas era pouco (já que a Neve cospe metade fora) e aumentei para 20 gotas. Boa parte foi fora (outro sim: é uma dificuldade abrir a boca da moça para dar remédio. Ela se nega terminantemente e temos de fazer à força!), mas, dessa vez, fez efeito: ela não enjoôu e dormiu a viagem toda. Esse foi um dos aprendizados: é muito melhor viajar no fim do dia, quando o bichinho já está cansado, do que cedo da manhã, depois de uma relaxante noite de sono!

No sítio
Neve mal colocou os pés na grama do sítio e saiu a correr atrás dos outros cachorros. Bainha, a mãe dela, até procurou ser carinhosa, mas quando a Neve enxergou as tetinhas dela dando sopa e tentou mamar, Bainha rosnou severamente e deu as costas para a filha (e foi assim durante todo o final de semana. Ela não quis saber dos filhos!). Já a Akira (a collie dos dindos) e o Mopy (irmãozinho da Neve, que mora em Caxias com a Jamile, prima do Gustavo) foram os grandes companheiros da Neve nesses dias. Os três correram até não poder mais, morderam o pescoço e a orelha um do outro, perderam (mais!) dentes, comeram todas as porcarias que encontraram pela frente e aprontaram o que puderam.


Neve e Mopy na sala, posando para fotos


A Neve, em particular, fez duas grandes travessuras:

- No primeiro dia no sítio (ou seja, no dia 31), saiu correndo campo a fora atrás da Akira e foi parar dentro de uma vala mega fedida no meio do mato. Voltou metade preta e metade branca, com a língua de fora e o rabo abanando. Foi direto para dentro do tanque tomar banho frio para tirar o fedor! Essa foi uma das nossas descobertas: ela fica mesmo quietinha para tomar banho, se deixa ser ensaboada e esfregada numa boa e não chora com o secador de cabelos. Uma gracinha!

- No sábado, aconteceu a travessura mais engraçada: estávamos conversando na área e deixamos os cachorrinhos presos pela guia nos pés das cadeiras de praia. Em algum momento, esquecemos disso e o Gustavo acabou levantando da cadeira. Pois bem: eis que passa um carro na faixa, Akira late e sai em disparada para o portão; a Neve, claro, resolve ir atrás. Quando ela tenta sair correndo, a cadeira se fecha e dá um susto na cãzinha, que resolve correr ainda mais, de medo. Imaginem a cena: a cachorrinha correndo desesperada, puxando uma cadeira de praia, que batia nas britas e fazia um mega barulhão. Cena típica de "Marley e eu"! Quanto mais barulho fazia, mais a Neve corria e mais a cadeira batia, fazendo a cãzinha correr ainda mais. Virou uma bola de neve (ok, trocadilho infame, sorry)! Acabei tendo de me colocar na frente dela para conseguir segurá-la e o resultado foi uma "cadeirada" na canela que me fez ver estrelas!

O que descobrimos sobre a Neve
- É bem mais leve e magrinha que o irmãozinho Mopy (pesa 5,6Kg contra 8,8Kg do peludão), mas em compensação, corre duas vezes mais rápido que ele.


Vejam o que é a diferença de tamanho das patinhas!

- Tem uma personalidade meio felina: é independente, decidida e nada manhosa. Também é bastante tranquila e corajosa; enquanto a Akira, com todo aquele tamanho, se apavorou com os fogos, Neve ficou quietinha ouvindo os estouros, apenas com as orelhas erguidas. E ainda posou para fotos comigo e o Namor, a Jamile e o maninho Mopy!


Comigo e o Gustavo na noite de 31 de dezembro


Com a Jamile e o Mopy na mesma noite

- É muito sociável, gosta tanto de animais quanto de pessoas e vai tranquilamente no colo de todos. Aí sim, ela suspira, se aninha e dorme aquele soninho...


Assim como eu, Neve não resiste a uma sonequinha depois do almoço...

- É muito educada e comportada: não fez xixi nem cocô em nenhum lugar indevido (fez tudo direitinho na grama), dormiu quieitinha na lavanderia junto com a Bainha, não fez nenhuma bagunça e não ficou latindo insistentemente. Repito: Neve é uma lady!


No pátio, sempre esbelta

- É mesmo da espécie canina: estimulada pelos outros cachorros, correu atrás das vacas para espantá-las do pátio, caçou passarinhos (a mãe dela tem esse mesmo mau hábito), cavocou a terra e comeu grama e latiu forte para todos os estranhos que circularam pelo sítio. Ela tem um latido de respeito!
- Não mostra os dentes para qualquer um: abrir a boca da cãzinha para tomar remédio é um parto e escovar os dentes, nem pensar! Ela é bem limpinha e adora um banho, mas acho que pensa que escovar os dentes já é demais para um cachorro. Nós não vamos desistir, mas vai ser uma dura tarefa...
- É uma modelo nata: sai fazendo pose para qualquer máquina fotográfica que pare na frente dela!


Pose com o irmãozinho... (ou melhor: irmãozão!)

A paternidade da Neve
Essa foi a grande descoberta do feriado: Neve é bastarda! Embora tenha nascido na mesma ninhada, não é filha do mesmo pai dos outros filhotes. Bem que desconfiamos; ela é diferente dos irmãos: tem outra cor, outro porte e outro comportamento. O nome do pai nós não sabemos, mas Jamile conseguiu fotografá-lo em uma de suas visitas sorrateiras ao sítio... Esse é o pai da branquela: eles não são parecidos?


As orelhas em pé são herança também do pai... E a cor, nem se fala!